Entenda como júri votou para condenar empresário por dirigir bêbado e causar morte de mulher

  • 19/09/2025
(Foto: Reprodução)
Empresário é condenado a 14 anos por homicídio em acidente em Brodowski O Tribunal do Júri examinou nesta quinta-feira (17) três séries de quesitos para condenar o empresário Fabrício de Luna Vieira, de 42 anos, a 14 anos e quatro meses de prisão em regime fechado por dirigir bêbado e provocar um acidente de carro em 2019, em Brodowski (SP). O acidente matou a dona de casa Katiuscia Bianca, de 31 anos, e feriu o noivo dela, Igor de Morais Alves, e a filha do casal. Veira foi condenado por homicídio doloso mediante recurso que dificultou ou impossibilitou a defesa da vítima, devido à morte de Katiuscia, e por duas tentativas de homicídio, por conta dos ferimentos causados ao noivo e à filha do casal. O réu não teve direito a recorrer em liberdade, e a Justiça determinou o cumprimento imediato da pena. ✅Clique aqui para seguir o canal do g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp Fabrício de Luna Vieira (de branco) na chegada ao julgamento, em Brodowski, SP Reprodução/EPTV Para declará-lo culpado, no entanto, os jurados analisaram separadamente a materialidade e autoria de cada crime. Veja abaixo os detalhes: Quanto à morte de Katiuscia Reconheceram, por maioria de votos, a materialidade e a autoria do crime de homicídio; Rejeitaram a tese esboçada pela defesa de ausência do dolo de matar a vítima, reconhecendo que o acusado assumiu o risco de produzir o resultado morte da vítima ao conduzir o veículo em estado de embriaguez; Reconheceram que o acusado praticou o homicídio mediante recurso que dificultou ou impossibilitou a defesa da vítima. Quanto aos ferimentos em Igor de Morais Alves Reconheceram, por maioria de votos, a materialidade e a autoria do crime de tentativa de homicídio; Reconheceram que o réu agiu com dolo de matar a vítima, não se consumando o resultado morte por circunstâncias alheias à sua vontade; Reconheceram que o acusado praticou a tentativa de homicídio mediante recurso que dificultou ou impossibilitou a defesa da vítima. Quanto aos ferimentos na filha de Katiuscia Reconheceram a materialidade e a autoria do crime de tentativa de homicídio; Reconheceram, por maioria de votos, que o réu agiu com dolo de matar a vítima, não se consumando o resultado morte por circunstâncias alheias à sua vontade; Reconheceram que o acusado praticou a tentativa de homicídio mediante recurso que dificultou ou impossibilitou a defesa da vítima. A reportagem não conseguiu falar com a defesa de Fabrício até a última atualização desta notícia. Mãe se emociona ao lembrar da filha morta há seis anos por empresário que dirigia bêbado LEIA TAMBÉM Empresário que matou mulher ao dirigir bêbado vai a júri: 'Seis anos e ele nunca admitiu a culpa', diz família da vítima Mulher morre e 2 ficam feridos em colisão com motorista suspeito de embriaguez em Brodowski, SP Menina pede para brincar com mãe morta há 6 anos por empresário que dirigia bêbado: 'Muito angustiante', diz avó Relembre o caso O acidente aconteceu na noite de 13 de janeiro de 2019, na Rodovia Cândido Portinari (SP-334), em Brodowski. Segundo a Polícia Rodoviária, o carro dirigido pelo empresário bateu na traseira do veículo da família, que foi arremessado contra uma árvore no acostamento. A dona de casa Katiuscia Bianca morreu no local. O marido, o mecânico Igor de Moraes Alves, de 22 anos, e a filha do casal, de 1 ano, ficaram feridos, mas foram liberados após atendimento médico. Em depoimento, Igor contou que a esposa se jogou sobre a cadeirinha da filha para protegê-la no momento da colisão. “Foi instinto de mãe, porque ela saiu só com um arranhão. A Katiuscia foi a verdadeira heroína da nossa filha. Quando tirei ela do carro, o corpo estava inteiro abraçado na cadeirinha”, disse. Na época, o caso foi registrado como homicídio culposo, lesão corporal culposa e embriaguez ao volante, mas o Ministério Público posteriormente denunciou Fabrício por homicídio doloso, ao entender que ele assumiu o risco de provocar a morte ao dirigir após beber. No processo, uma das principais provas apresentadas pelo Ministério Público é a gravação feita pela Polícia Militar no dia do acidente, em que Fabrício admite ter ingerido bebida alcoólica antes de dirigir e se recusa a fazer o teste do bafômetro. O réu chegou a ser pronunciado ainda em 2019, para a realização do Tribunal do Júri, mas uma sucessão de recursos adiou o julgamento para este ano. Carro ficou destruído após ser atingido na traseira por outro veículo na Rodovia Cândido Portinari, em Brodowski, SP, em 2019 Reprodução/EPTV Veja mais notícias da região no g1 Ribeirão Preto e Franca VÍDEOS: Tudo sobre Ribeirão Preto, Franca e região

FONTE: https://g1.globo.com/sp/ribeirao-preto-franca/noticia/2025/09/19/entenda-como-jurados-votaram-para-condenar-empresario-por-dirigir-bebado-e-causar-morte-de-mulher.ghtml


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